Devido ao aumento da pressão estética advinda do “boom da internet” e redes sociais, juntamente com um estilo de vida menos saudável da população, a nutrição vem ganhando mais espaço com abordagens comportamentais e menos restritivas. Nesse cenário, muito se fala sobre o comer intuitivo, mas o que especialmente significa isso?
O comer intuitivo é uma abordagem relacionada a nutrição comportamental que visa ensinar as pessoas a terem uma relação mais saudável com a comida, respeitando a sua fome sem sentir culpa. A ideia é que as pessoas aprendam a escutar e entender seu corpo e desenvolver habilidades para distinguir a fome física da fome emocional, que pode surgir em situações estressantes do dia a dia.
Nessa abordagem são trabalhados três pilares principais, são eles:
Permissão incondicional para comer;
Comer para atender as necessidades fisiológicas e não emocionais;
Seguir os sinais internos de fome e saciedade.
Para a prática do comer intuitivo, estabelece-se 10 passos, que são:
Declinar a mentalidade de dieta:
Significa deixar de lado dietas prontas e restritivas (como as dietas da moda difundidas deliberadamente em diversos sites e páginas), dando espaço à ideia de que não precisamos restringir alimentos para emagrecer, seja por estética ou saúde.
Honrar a fome:
Representa que devemos ouvir as necessidades do nosso corpo e confiar nestes sinais, comendo uma quantidade que satisfaça a sua fome. Se o corpo pede comida, o melhor a se fazer é alimentá-lo.
Fazer as pazes com a comida:
Sustenta que é necessário deixar de lado as listas de alimentos “ruins” ou “bons”, evitando sentir culpa ao nutrir o corpo.
Desafiar policial alimentar:
Defende o abandono de pensamentos de culpa e julgamento, evitando a ideia de tudo ou nada. Os policiais alimentares muitas vezes, estão dentro da nossa cabeça.
Sentir a saciedade:
Traz a ideia de que é preciso comer com atenção e calma, aprendendo a prestar atenção aos sinais de saciedade assim como nos de fome.
Descobrir o fator de satisfação:
É fundamental comer aquilo que lhe satisfaz e para isso é preciso fazer as pazes com a comida e entender que a alimentação deve ser prazerosa.
Lidar com as emoções sem usar a comida:
Muitas pessoas descontam na comida suas frustrações, no entanto é mais vantajoso achar algum meio de aliviar as emoções que não seja se alimentando e atrapalhando assim seu processo de identificar a saciedade ou fome. Procure fazer exercícios físicos, conversar com algum amigo ou procurar a ajuda de um profissional.
Respeitar o próprio corpo:
Nosso corpo é único, e não devemos compará-lo com outros corpos irreais de capas de revistas ou fotos em redes sociais. Criando metas realistas e respeitando seu corpo, você consegue de fato mudar.
Se exercitar – sentindo a diferença:
Também deve ser intuitivo, fazendo o que te deixa mais feliz e não por obrigação e julgamentos sobre o seu corpo. O foco deve ser na saúde e bem-estar e não na perda de peso.
Honrar a saúde
É o estilo de vida que molda a saúde. Logo, uma refeição ou determinado alimento não será responsável por tornar alguém menos saudável, assim como não existe um único alimento milagroso que torne alguém mais saudável. O equilíbrio é essencial!
Estes 10 passos, devem ser postos em prática gradualmente e podem trazer grandes benefícios à alimentação, principalmente no que tange o cuidado e aceitação com o próprio corpo.
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