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Automedicação: um problema comum.

Atualizado: 1 de set. de 2022

Aprenda aqui quais são os possíveis caminhos para combater a automedicação: uma ação humanizada e necessária.




Segundo o Conselho Federal de Farmácia, cerca de 77% dos brasileiros têm o hábito comum de fazerem automedicação. Tal afirmação pode estar correlacionada com o fato das pessoas fazerem associação da automedicação como alívio rápido de um sintoma, associação esta que pode causar consequências severas.


Mas, você, profissional da saúde, por que alertar a população quanto aos riscos da automedicação?

Na conversa de hoje, falaremos sobre os principais motivos que levam o paciente a automedicação e o porquê é tão importante você alertá-los quanto aos perigos.


Automedicação: fatores influentes para concretização do ato e suas consequências.


As pessoas têm forte tendência a pesquisarem na internet ou ouvir de amigos e vizinhos quais medicamentos devem ser utilizados em relação aos sintomas. Além disso, quando recebem uma receita médica quanto a um determinado sintoma a usam “para sempre” sem pedir a reorientação do profissional de saúde à medida que o sintoma vai aparecendo novamente.


  • Quais fatores contribuem para a acessibilidade aos medicamentos sem prescrição?


A indústria farmacêutica possui uma vasta produção de medicamentos e aliado a isso, tem-se uma facilidade para comercializar seus produtos o que mais uma vez corrobora para a automedicação, tendo em vista a cultura brasileira de idealizar os remédios como a cura para tudo.


  • Quais as consequências da automedicação?


O uso incorreto de medicamentos pode ocasionar o agravamento da doença, visto que melhorar o sintoma não significa curar a doença. E muitas vezes a pessoa pode estar tendo a falsa sensação de melhora quanto na verdade está procrastinando o tratamento de uma possível patologia.

Outro fator que é muito preocupante é o uso combinado de medicamentos, visto que um pode inibir ou até mesmo potencializar o efeito do outro, o que, por sua vez, pode comprometer a fisiologia do organismo humano.

Não se pode perder de vista que o uso indiscriminado dos remédios pode provocar muitas consequências como: intoxicação, alergias, resistência e efeitos colaterais. Consequências estas que podem influenciar negativamente na homeostasia corporal.



Como estimular o paciente a não fazer a automedicação e sim, procurar orientação médica/profissionais de saúde?

Um bom profissional de saúde é aquele que possui compromisso com seus pacientes, que proporciona um cuidado humanizado e trabalha com uma escuta ativa e sem pré-julgamentos. Nesse sentido, usufruir de medidas para ajudar a população quanto a automedicação é uma atitude importante e para isso deve-se considerar:

  1. Cuidado humanizado. Trate o seu paciente observando não apenas as patologias mas, sim, tudo que envolve a sua imersão na sociedade. Observar o paciente e a forma como ele age são fatores que contribuem não só para o conhecimento do mesmo como também para fortalecer um laço de confiança.

  2. Comunicação. O diálogo é sempre muito importante pois estabelece vínculos no tripé paciente-profissional-família e é isso que vai interferir não só na adesão do tratamento como também nas condutas das pessoas, pois um vínculo de confiança permite que as pessoas digam a verdade e o que está acontecendo possibilitando, assim, que o profissional consiga trabalhar em cima disso.

  3. Escuta ativa. Ouça as demandas do seu paciente pois colocá-lo como protagonista da situação possibilita deixá-lo mais aberto e você irá conseguir extrair as informações, tirar dúvidas e conscientizar caso seja necessário.

  4. Educação em saúde. Educar em saúde é uma prática muito interessante visto que é uma forma de dar, às pessoas, acessibilidade a temáticas até então não muito discutidas ou que estão sendo muito pautadas. Tal prática pode ser por meio de rodas de conversa, jogos lúdicos, dinâmicas. O importante é, junto com a população, não impor conhecimento e sim, fazer a troca e construção de saberes.

Um ponto de partida para desconstruir a cultura da automedicação é entender a realidade de cada pessoa e a forma como ela vê o ato de se automedicar. Por isso, é importante que você, profissional, seja visto como um apoio!







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