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Ambiente obesogênico: você já ouviu falar?

Neste post, iremos falar um pouco mais sobre o que é um ambiente obesogênico, qual sua influência na saúde da população e quais medidas de intervenção podem ser tomadas para atenuar seus efeitos negativos.

O ambiente obesogênico é definido como o ambiente que oferece oportunidades e condições de vida que promovem a obesidade em indivíduos ou populações, ou seja, é o ambiente que dificulta as escolhas saudáveis e favorece o sedentarismo e hábitos alimentares inadequados. Ele é classificado de acordo com os tipos de ambiente: ambiente físico, econômico, político e sociocultural; e também com suas dimensões: micro e macroambiente.

Em relação aos tipos de ambiente, o ambiente físico refere-se ao que está disponível (restaurantes, supermercados, ciclovias, iluminação pública, inovações tecnológicas), o ambiente econômico abarca os fatores financeiros (custos com produção e transporte de alimentos, custos de automóveis e combustíveis, renda familiar), o ambiente político leva em conta as leis e políticas que afetam a oferta e o comportamento dos indivíduos e das organizações (Ex: Política Nacional de Alimentação e Nutrição – PNAN, Programa Academia da Saúde), já o ambiente sociocultural refere-se às crenças e atitudes da sociedade relacionadas a alimentação e a atividade física.

O microambiente se refere aos espaços onde o indivíduo vive o seu cotidiano, tais como: domicílio, locais de trabalho, escolas, supermercados.

O macroambiente envolve o que influencia a população, como por exemplo: tecnologias, mídia, sistema de transporte, indústria de alimentos, desenvolvimento urbano

Para modificar o ambiente obesogênico é importante compreender e reconhecer os determinantes da obesidade, para assim atuar de forma direcionada nesses determinantes, tanto nas dimensões macro e micro. Segundo Gortmaker et al, (2015), são ações que podem ser realizadas para modificar o ambiente obesogênico:

  • Impostos sobre bebidas açucaradas;

  • Regulamentação na publicidade e marketing de alimentos não saudáveis para crianças;

  • Aprimoramento da Rotulagem Nutricional para favorecer o acesso da população à informação;

  • Reorganização dos serviços de saúde em Redes de Atenção à Saúde e Linha de Cuidado que favoreçam uma abordagem mais integrada e intra-setorial da obesidade;

  • Estímulo à cooperação e a articulação intersetorial;

  • Alterações no Sistema Alimentar.


Por: Luiza Cruciol

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