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A relação entre obesidade e fertilidade

Atualizado: 1 de set. de 2022

Você sabia que a obesidade pode interferir na fertilidade e na gestação?


O IMC está associado com a infertilidade em ambos os sexos, independente da faixa etária. Na presença de obesidade, há mudanças hormonais significantes, inclusive nos hormônios sexuais. A obesidade tem como base o processo inflamatório crônico, que conduz disfunções sequenciais no sistema endócrino e imunológico e apresenta relação positiva com o aumento do estresse oxidativo celular. Esse processo, por sua vez, pode causar toxicidade e redução das células funcionais.


Em relação a fertilidade masculina, podemos ver a sua diminuição, enquanto a prevalência de obesidade cresce em todo mundo. Sobretudo pelo processo inflamatório, tem sido proposto que a obesidade influencia a morfologia dos espermatozoides, além de alterar a ação dos hormônios sexuais, reduzindo os parâmetros de qualidade do sêmen. A obesidade também pode impactar negativamente em disfunções testiculares, como a varicocele e criptorquidismo.

Já mulheres com obesidade podem apresentar alterações no eixo hipotálamo-pituitária-ovários, resultando em disfunções menstruais que podem levar à ausência de ovulação e infertilidade.


Qual o mecanismo da obesidade causa esse problema?

Na obesidade, os adipócitos atuam como células endócrinas, assim o tecido adiposo libera um número de moléculas bioativas conhecidas como adipocinas que interagem com múltiplas vias moleculares de resistência a insulina, inflamação, hipertensão, risco cardiovascular, coagulação e diferenciação e maturação do oócito (célula germinativa feminina). Além disso, a implantação endometrial e outras funções reprodutivas femininas são afetadas em mulheres com obesidade, incluindo atraso na concepção, aumento da taxa de abortos espontâneos e redução dos resultados positivos em tratamentos de reprodução assistida.

Assim, a “simples” presença de obesidade pode aumentar, durante a gestação, os riscos de hipertensão e diabetes gestacional, influenciando as alterações na programação metabólica do bebê!


Como resolver isso?

Uma conduta importante é a prevenção da obesidade, promoção da perda de peso (antes da gestação) e manutenção do peso saudável para auxiliar na normalização hormonal e, dessa maneira, garantir a vitalidade positiva dos pais e filhos!

Devemos ainda estar atentos ao ambiente obesogênico, bem como ao padrão de alimentação rico em gordura, que podem modificar todo o curso de desenvolvimento humano, desde a fertilidade até a prevalência de doenças na vida adulta do futuro bebê!







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